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Evento – ACCIE marca presença no 7° Congresso das entidades filiadas à Federasul

Presidente Deoclécio Corradi e o vice-presidente Mário Cavaletti representaram Erechim

A Associação Comercial, Cultural e Industrial de Erechim – ACCIE – esteve presente no 7º Congresso das Entidades Filiadas à Federasul 2009, realizado no último final de semana, 26 e 27, no Hotel Serra Azul, em Gramado. A Entidade esteve representada pelo presidente Deoclécio Corradi e pelo vice-presidente Mário Cavaletti, que avaliaram o evento como altamente positivo e extremamente importante para a classe empresarial. Tanto que já anunciaram que no próximo Congresso pretendem ampliar a participação de empresários associados da ACCIE. Corradi e Cavaletti destacaram a abordagem dos conteúdos dos palestrantes e os cases de sucesso das entidades filiadas à Federasul, que traduziram a busca de eficiência, defendida pela Entidade. “Foram apresentadas situações resolvidas com sucesso, criatividade e baixo custo que podem ser implementadas em outros municípios”, destacaram os dirigentes da ACCIE.

O evento tinha como objetivo discutir os Caminhos para o crescimento. Para isso, contou com a participação de empresários, historiador, cientista político, especialista em gestão e jornalista especializada em economia que abordaram, em diversos ângulos, as soluções para o desenvolvimento e o estágio da crise econômica responsável pela redução do crescimento e dos empregos.

Ao final do Congresso, foi lançada a Carta de Gramado que sintetiza o pensamento dos empresários do Rio Grande do Sul. Este documento faz uma análise da crise mundial e como o Brasil a está enfrentando, as medidas adotadas pelo Governo e os resultados até agora. Entretanto, os empresários reconhecem que a economia brasileira é forte, mas não é imune aos riscos da crise. “Por isso, nos preocupa que, numa conjuntura pré-eleitoral, o governo relaxe em seus gastos, e deixe de lado o encaminhamento de reformas que são vitais para o futuro do país, especialmente a reforma tributária, trabalhista, assim como a reforma política, fundamental para que o clima de impunidade na política brasileira seja definitivamente banido”, advertem.

As entidades filiadas à Federasul consideram que o cenário pré-eleitoral pode fazer o governo relaxar com a necessidade de encaminhamento das reformas tributária, trabalhista e política. Esta última é fundamental para que o clima de impunidade na política brasileira seja banido. Em relação ao Estado, a Carta de Gramado ressalva que o governo não pode ceder às pressões por aumentos salariais. Os empresários sustentam que se não houver uma recuperação do ICMS no segundo semestre, o déficit fiscal poderá voltar a assombrar. A Carta chamou a atenção para um rigoroso controle dos gastos públicos por parte do Governo, da Assembléia e do Judiciário. “Se isso for feito, temos certeza que as forças produtivas do Rio Grande farão a sua parte, que é gerar cada vez mais desenvolvimento econômico em nosso Estado”, finaliza o documento.

AS PALESTRAS

O presidente das Lojas Renner, José Galló, mostrou em sua palestra que uma empresa precisa ser propositiva com produtos diferenciados, pontos de venda atrativos e cultura interna voltada para o encantamento do cliente. “A crise não pode ser desculpa para inibir a criatividade das empresas”. Ele disse que as empresas precisam preparar, na sua retaguarda, uma fórmula para encantar o cliente. “O consumidor não faz uma compra racional. Ele compra outros itens que estão inseridos num contexto que engloba desde o espaço da loja, o atendimento dos funcionários até os produtos que estão estrategicamente aguardando por ele”, sintetizou.

O ex-ministro e vice-presidente Executivo do Grupo RBS, Pedro Parente, destacou diferenças entre setores público e privado, destacando que a esfera pública, para alcançar a melhor relação custo-benefício que garantirá qualidade sem desperdiçar o dinheiro do contribuinte, precisa mudar seu modelo de gestão.

O toque político do Congresso aconteceu no painel “A polarização e a corrupção que atrasam nosso desenvolvimento” com a participação do filósofo Denis Rosenfield e do historiador Voltaire Schilling. Rosenfield mostrou que o clima de denúncias do Congresso Nacional ganha força através da vigilância da mídia, que está, como toda sociedade, atenta aos acontecimentos. Schilling garantiu que muitos momentos de enfrentamento político/ideológico dos gaúchos foram nocivos ao Estado. Disse ainda que muitos deles, por terem sido tão sangrentos, sequer foram tratados pelos historiadores. O resultado disto pode ser interpretado pela fuga de negócios e força de trabalho para outros Estados.

A jornalista de economia Míriam Leitão falou que mesmo aguardando futuros acontecimentos para a crise e riscos como o aumento da inflação global, o Brasil passou por mudanças que lhe permitem enfrentar a turbulência de maneira mais segura. Ela ressaltou que, para o país, a crise é um organismo com várias temperaturas, mostrando fôlego em setores da economia como o varejo de alimentos, cosméticos e artigos esportivos (além das indústrias responsáveis por abastecê-los) e dificuldades, principalmente no setor siderúrgico. A jornalista também criticou o aumento dos gastos do governo, mesmo com diminuição na arrecadação. Em clima de descontração, o presidente honorário do Conselho de Administração da Vonpar Refrescos, João Vontobel, relatou os momentos mais marcantes dos 60 anos da empresa.

CASES DE SUCESSO

Um grupo de Associações Comerciais de cidades gaúchas, que abrange Bagé, Bento Gonçalves, Canela, Horizontina e os vales do Paranhana e Sinos, mostrou que criatividade e determinação são suficientes para organizar um mercado ou um setor sem descuidar da sustentabilidade e da gestão empresarial.

Bagé implementou a campanha Um Sonho de Natal no Pampa junto ao comércio bageense, com o propósito de ampliar as vendas de final de ano, gerar novos empregos e tornar a cidade mais atraente para os consumidores. Bento Gonçalves mostrou que a participação em feiras e eventos do setor vitivinícola, além da divulgação dos produtos oriundos da serra gaúcha estiveram entre as ações implementadas pelo Núcleo de Vitivinicultores da Serra Gaúcha, que integra o Centro da Indústria, Comércio e Serviços.

Em Canela, se detectou a demanda da cidade por uma identificação visual e foi criado o projeto Vivacidade. O projeto começa na criação e aplicação da logomarca na fachada do prédio e vai até o projeto arquitetônico da fachada, alinhado com o plano diretor e o projeto visual da cidade. Horizontina relatou as ações implementadas para fortalecer o setor têxtil local, que ainda tem poucas empresas e é carente de mão-de-obra qualificada. Para alterar esse quadro, foi desenvolvido, com estímulo do Sebrae, projeto de formação de mão-de-obra feminina – excedente na região cuja base econômica é o setor metalmecânico.

A Câmara de Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Paranhana decidiu elaborar e implantar a Agenda Estratégica do Paranhana, contando com assessoria da Pólo-RS – Agenda de Desenvolvimento, envolvendo entidades de classe, prefeituras da região e representantes da sociedade. Já no Vale do Sinos, as associações comerciais e câmaras de indústria, comércio e serviços de Canoas, Nova Santa Rita, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Portão e Sapiranga contaram sua experiência na realização de ações voltadas à resolução dos problemas de trânsito da BR-116.