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Diretor da Resolution fala sobre como manter o equilíbrio no sistema de remuneração de cargos e salários

O diretor de Relacionamento com Clientes da Resolution, Ricardo Ruzzarin, abriu a programação do circuito de reuniões abertas para as áreas de Recursos Humanos – RH – e empresários das empresas associadas da ACCIE – Associação Comercial, Cultural e Industrial de Erechim. O tema da primeira edição de 2010 foi sobre sistemas de remuneração, pesquisa salarial e também um panorama de como estão comportando-se as questões salariais no Rio Grande do Sul neste inicio de ano. A palestra foi realizada no dia 7 de abril na sede da ACCIE, no Polo de Cultura.

Ao iniciar sua palestra, Ricardo falou sobre as origens da remuneração, salário e motivação, a abordagem mecanicista e a humanista, a realidade atual e como alinhar os objetivos das empresas às novas gerações. Segundo ele, antigamente uma pessoa começava como office-boy em uma empresa e se aposentava na mesma organização. “Hoje, os jovens são imediatistas, ao entrarem em uma empresa já querem ser gerentes”, comentou.

Dentro dos novos conceitos, Ricardo Ruzzarin explicou que hoje o salário não é o principal fator para se reter funcionários. Conforme falou, os estudos em Hawthorne, no final da década de 20, (que serviram de base para a “Teoria das Relações Humanas”) levaram a conclusão que o grupo social, dentro da organização informal, afeta profundamente as atitudes dos funcionários. Percebe-se então que o salário não é o único fator motivacional. “Podemos também recordar a escala de necessidades humanas de Maslow, que começa pelas necessidades fisiológicas, passando pelas necessidades de segurança, social, e termina em autoestima e autorrealização. As primeiras necessidades podem ser supridas através do salário, mas as outras necessitariam de atenção especial.

De acordo com o palestrante, o salário é uma visualização bem objetiva de quanto a empresa valoriza o trabalho do seu funcionário. Se associado com a possibilidade de crescimento profissional e um plano de carreira, torna-se um fator motivador mais eficaz. Ele disse que as organizações podem ser criativas na formação do composto remuneratório de seus funcionários, já que existem diversas formas para recompensar o esforço deles. Além do salário fixo, podem ser desenvolvidos planos de remuneração variável, que, geralmente, incentivam muito, pois recompensam o esforço extra e resultados acima dos esperados. Sendo assim, empresa e colaborador ganham juntos.

Porém, ele afirmou que para o desenvolvimento de um plano de remuneração variável é necessária muita análise e conhecimento das necessidades dos ocupantes de cada grupo ocupacional (operacional, tático e estratégico). Tais grupos terão necessidades diferentes, já que a pirâmide organizacional tende a acompanhar a pirâmide de Maslow. Pessoas diferentes, com necessidades diferentes, reagem a estímulos diferentes. Ele colocou, ainda, que outro fator de incentivo são os benefícios ofertados pela empresa. Entretanto, os funcionários devem perceber valor no que estão recebendo. “Uma boa alternativa para isso é mapear o perfil dos funcionários e a partir daí tentar entender suas necessidades. Com isso, pode ser desenvolvido um cardápio de benefícios, onde o funcionário escolhe quais ele deseja ter”, explicou Ricardo. Existem ainda fatores motivacionais que não estão ligados a remuneração, mas são de grande valia para atrair e reter talentos. “Podemos considerar a estima como um deles. Quando um profissional realiza suas atividades e entrega um trabalho com um desempenho acima do esperado, ele deve ser reconhecido por isso.

Sintetizando, Ricardo Ruzzarin falou que o objetivo básico de um sistema de remuneração é a manutenção do equilíbrio interno e externo, ou seja, entre a estrutura interna e o mercado para ser mais competitivo. Para ele, este é o princípio fundamental dos planos de cargos e salários. O palestrante ainda falou sobre o mapeamento de carreiras, metodologia, mercado, pesquisas salariais e blindagem de cargos e salários. Ao finalizar, falou sobre as tendências para 2010.